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sábado, 1 de maio de 2010

CASOS DE HOMÍCIDIOS EM SÃO PAULO CRESCEM 23% BY BY SERRA

Por Bruno Paes Manso e Marcelo Godoy, Agencia Estado, Atualizado: 1/5/2010 9:20
Crimes contra o patrimônio caem; sequestros aumentam
Depois de alcançar índices recordes no ano passado, o primeiro trimestre deste ano registrou queda na maioria dos tipos de crimes contra o patrimônio no Estado de São Paulo. Houve redução em roubo (-13%), furto (-5%), furto de veículos (-10%), roubos de veículos (-12%) e roubo de cargas (-7%). Em compensação, cresceu o total de sequestros (25%) e roubo a banco (16%).


Conforme antecipou o O Estado de S.Paulo, pela primeira vez em dez anos cresceram os casos de homicídio na capital paulista (23%). Também aumentaram as ocorrências de resistência seguida de morte(40%) no Estado - casos em que a vítima morre em suposto confronto com a polícia. Os latrocínios, roubos seguidos de morte, registraram o maior índice de queda entre os casos de crimes contra o patrimônio (-22%).


Considerando a soma de todos os crimes contra o patrimônio (roubo, furto, roubo e furto de veículos, latrocínio, roubo a banco), a redução no Estado foi expressiva. Os 290.618 casos do ano passado passaram para 267.379 neste ano (-9%). A queda foi puxada pela redução nos casos de roubo (57.361) e roubo de veículos (16.997). Houve ainda 66 casos de roubo a banco e 25 sequestros. Os dados foram divulgados ontem no balanço da Secretaria de Segurança Pública.


Os homicídios no Estado, que no ano passado haviam crescido 3%, mantiveram a tendência de alta. Houve crescimento de 7% dos casos, crescimento menor do que o ocorrido na capital.


Santos, São Vicente e Guarujá, cidades do litoral sul que nas últimas semanas registraram casos de homicídios que assustaram a população, tiveram aumento nos índices de assassinatos (20%). O aumento foi puxado pela cidade de Santos, que passou de 6 para 13 assassinatos. Guarujá teve dez homicídios, mesmo número do ano passado; e São Vicente teve 12 ocorrências, 1 a menos que no mesmo período do ano anterior.


O secretário de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, disse que desde que assumiu, em março do ano passado, priorizou o combate ao crime contra o patrimônio. Houve aumento no patrulhamento nas ruas por parte da Polícia Militar e transferência de pessoal de equipes especializadas da Polícia Civil para trabalharem nas investigações em delegacias, entre outras medidas. "Os resultados começaram a aparecer", disse.


Houve, contudo, no primeiro trimestre, uma redução de prisões feitas pela polícia. Foram 28.042 prisões, queda de 3%. Ainda foram registrados no primeiro trimestre 2.323 casos de estupros. Por causa da mudança, que passou também a contabilizar atos libidinosos e atentado ao pudor, os índices não podem ser comparados aos do ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

CHICO XAVIER, FLUXOS E PULSÕES: O FILME

CHICO XAVIER: PULSÕES E PAIXÕES.
Oi Paulo. Fico feliz em notar recebimento de e mail seu que para mim é sempre motivo de ampliação do meu mundo, contribuição ao meu silêncio que quer falar e mantém-se quase sempre amordaçado. Gostei do início e do final do texto, com relação ao papel de uma obra de arte. entrar cheio de previsivilidades pessimistas quanto à certeza do fim que na verdade seria uma certeza que nao deixa o silêncio do ser ou o sensível manifestar e a surpresa proporcionada pela arte, que é o "silêncio" que é a saída do cinema. como disse Tarcísio: "Encerra-se o filme e as pessoas saem… Silêncio… Um lindo silêncio…Coisa mais linda que eu já pude presenciar em um cinema em toda a minha vida." O belo se manifestou pela dissolução da conformação que subjetivava no início quando o ser ainda nao havia dado lugar ao sensível, ocupado que estava pelos ruídos das formas discursivas que abrasavam sua possibilidade de garantir um silêncio criador e de fluição dos impulsos. Porém o filme, parece ter garantido a pulsação criativa onde o silêncio manifestou-se e entregou todo sensorial da platéia para que uma arte mostrasse um lado do Chico que é o agora de sua vida. Poucos o viriam assim, como eu por exemplo, que pela via da marxismo que me educou o via sempre a partir do discurso do assistencialismo, como muitos vêem ainda o LULA. Porém, o novo está no que parece ser o mesmo, porém a busca de recuperar espíritos vagantes, faz com que nos olhemos para nossa carne, nosso pensamento e no silêncio que é o lugar da duplicidade do ser que é a pulsão do instante maravilhoso, mágico no presente, amando o outro do qual nao podemos nos prescindir para viver. O silêncio nao é um lugar vazio de linguagem, pelo contrário é um lugar onde corpo e pensamento se fundem e se fazem e se desfazem para possibilitar o novo. Nasce um novo Chico em mim, fora dos parâmetros racionais que lhe via. Quero ver esse filme.

sábado, 24 de abril de 2010

CASO ALSTOM E OS TUCANOS de COVAS a SERRA

22 de Abril de 2010
CASO ALSTOM E OS TUCANOS:Brasil pedirá quebra de sigilos do caso Alstom no exterior


Solicitação para França e Suíça inclui 19 pessoas e empresas suspeitas de receber propina

Conselheiro do TCE e irmão do presidente do Metrô de SP, que negam ter conta fora do país, estão em lista do Ministério da Justiça

MARIO CESAR CARVALHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministério da Justiça vai encaminhar nos próximos dias à Suíça e à França pedidos de quebra do sigilo bancário de 19 pessoas e empresas suspeitas de ter recebido propina da Alstom para que a multinacional francesa vencesse concorrências do governo de São Paulo.
Entre os nomes que constam do pedido estão os de Robson Marinho, conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado), e o do engenheiro Jorge Fagali Neto, irmão do presidente do Metrô. Marinho foi chefe da Casa Civil no início do governo de Mário Covas (PSDB), entre 1995 e 1997, quando o então governador, que morreu em 2001, o indicou para o TCE.
A Suíça bloqueou contas atribuídas a Marinho e a Fagali Neto, como a Folha revelou em junho e agosto do ano passado.
Ambos negam ter contas bancárias fora do país. Marinho disse ontem à Folha em entrevista por telefone: "Pode quebrar o sigilo que quiser. Não há contas na Suíça nem na França em meu nome" (leia texto nesta página).
O empresário Sabino Indelicato, que foi secretário de Obras quando Robson Marinho foi prefeito de São José dos Campos, também aparece na lista de pedido de quebra de sigilo. Os investigadores suíços suspeitam que uma empresa de Indelicato, a Acqua Lux, recebeu recursos da Alstom sem prestar os serviços citados no contrato. Também está na lista o executivo francês Jean-Pierre Courtadon, que ajudou a Alstom a ativar um contrato de R$ 98 milhões com a Eletropaulo em 1998.

Negócios sob suspeita
A Alstom, maior multinacional francesa, produz trens e metrôs e é líder mundial entre os fabricantes de equipamentos para usinas elétricas. É investigada por suspeita de ter pago propina para ganhar contratos com o Metrô e a Eletropaulo, privatizada em 1999. Inicialmente, os contratos investigados iam de 1998 a 2003, assinados durante os governos de Mário Covas e de Geraldo Alckmin, ambos do PSDB.
Com novos documentos suíços, os investigadores brasileiros decidiram estender o período até o ano passado, já na gestão do governador José Serra.
Uma investigação sobre lavagem de dinheiro num banco suíço apontou que a Alstom teria pago comissões ilícitas para ganhar negócios públicos em países como Brasil, Argentina e Indonésia. Segundo o Ministério Público da Suíça, a Alstom francesa enviava recursos para a sua filial suíça, que simulava contratos de consultoria para pagar comissões ilegais a políticos e funcionários públicos. No último mês, a Alstom inglesa foi incluída na apuração.
Um dos investigados no Brasil, Romeu Pinto Jr., confirmou ao Ministério Público que recebeu cerca de US$ 1 milhão da Alstom de outubro de 1998 a fevereiro de 2002 sem ter prestado o serviço de consultoria.
O dinheiro da Alstom foi depositado numa empresa offshore de Pinto Jr., a MCA Uruguay. Segundo ele, a empresa foi criada por sugestão de um ex-diretor financeiro da Alstom francesa, Phillipe Jaffré.
O pedido de quebra de sigilo nos dois países foi feito pelo promotor Silvio Marques, que investiga o caso na esfera estadual, e o procurador Rodrigo de Grandis, que apura as suspeitas no plano federal.

sábado, 17 de abril de 2010

O FUTURO É AGORA E DE TODOS

É ISSO AI COMPANHEIROS. ESTAMOS UNIDOS PARA NÃO DEIXAR O BRASIL
RETROCEDER. O BRASIL DO PASSADO NUNCA MAIS. O BRASIL É DE TODOS E
TODOS OS QUE VOLTARAM A SENTIR O IMPOSSÍVEL TORNAR-SE PRESENTE QUER
MANTER UM FUTURO QUE ACONTECE NO PRESENTE. TIJOLINHO POR TIJOLINHO A
CASA VAI SE CONSTRUIND. O PODER ESTÁ DISSEMINADO E NÃO BASTA
CONQUISTAR A MÁQUINA DO ESTADO. ELE É DIVIDIDO POR QUEM O DETÉM. O QUE
IMPORTA É NA HORA DE VOTAR SABER EM QUE PODER ESTÁ SE VOTANDO, POIS
CADA VEZ MAIS VOTANDO EM QUEM DEFENDE O INTERESSE PARA TODOS E CADA
QUAL SE ORGANIZANDO EM SEUS LOCAIS DE TRABALHO, ESTUDO E MORADIA TUDO
ISSO VIRA TODOS E TODOS PELO BRASIL PARA QUE FINALMENTE O BRASIL SEJA
DE TODOS. NÃO NO SENTIDO TOTALITÁRIO DE DOMÍNIO DE CLASSE, MAS QUE NÃO
EXISTA MAIS ESSA HIERARQUIA SOCIAL E QUE A RIQUEZA MUDE DE CONCEITO.
NESSE TODOS NÃO MAIS CABERÁ AQUELE QUE ACHA QUE VIVER É PASSAR SEU
PRÓXIMO PARA TRAZ. POR ISSO VAMOS CONTINUAR NOSSA IMPLANTAÇÃO DA REDE
DO BEM. LULA, DILMA E OUTRO E OUTRA SEMPRE NA CONSTRUÇÃO DESSE PODER
DO BEM. DILMA LÁ.

domingo, 11 de abril de 2010

Você votaria no SERRA ?

Da série lobo em pele de cordeiro---

Votos e abstenções de José Serra na Constituinte em relação aos seguintes pontos:
a) votou contra a redução da jornada de trabalho para 40 horas;
b) votou contra garantias ao trabalhador de estabilidade no emprego;
c) votou contra a implantação de Comissão de Fábrica nas indústrias;
d) votou contra o monopólio nacional da distribuição do petróleo;
e) negou seu voto pelo direito de greve;
f) negou seu voto pelo abono de férias de 1/3 do salário;

g) negou seu voto pelo aviso prévio proporcional;

h) negou seu voto pela estabilidade do dirigente sindical;

i) negou seu voto para garantir 30 dias de aviso prévio; j) negou seu voto pela garantia do salário mínimo real;
E AÍ QUER MAIS MOTIVOS?

quarta-feira, 31 de março de 2010

AÉCIO E MINEIROS NAO TÊM MOTIVOS PARA APOIAR SERRA

Aécio deixa governo de MG para se tornar o fiel da balança do PSDB nas eleições
31/03/2010 - 07h20 | do UOL Notícias
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Desligado do cargo, a participação de Aécio durante a campanha de Serra será crucial para uma eventual vitória ou derrota do tucano, avaliam especialistas
Rayder Bragon
Especial para o UOL Notícias
Em Belo Horizonte

Depois de sete anos e três meses como governador de Minas Gerais, o tucano Aécio Neves transmitirá o cargo nesta quarta-feira (31) à tarde para se tornar um dos personagens centrais do PSDB na eleição majoritária deste ano. O partido tem o governador de São Paulo, José Serra, como pré-candidato para a disputa do Planalto.

Haverá uma solenidade na manhã de hoje na Assembleia Legislativa de Minas Gerais para a posse do vice, Antônio Anastásia, e à tarde, no Palácio da Liberdade, ex-sede do governo do Estado, uma cerimônia encerra o governo de Aécio.

Desligado do cargo, a participação de Aécio durante a campanha de Serra será crucial para uma eventual vitória ou derrota do tucano, avaliam especialistas. Além da ajuda na campanha nacional, Aécio tentará garantir uma vaga no Senado e emplacar Anastasia como seu sucessor. O vice vai concorrer contra a aliança de PT e PMDB, cuja indicação vai ser disputada pelo peemedebista Hélio Costa (Comunicações) e os petistas Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte, e Patrus Ananias, ministro do Desenvolvimento Social.

“Aécio Neves tem papel fundamental por ser um dos governadores mais bem-avaliados do país e com aprovação recorde da população do 2º maior colégio eleitoral do Brasil. Mas devido ao desgaste que os dois [Serra e Aécio] tiveram em relação à disputa travada, eu não sei em qual medida ele vai assumir de fato essa campanha [de José Serra]”, afirma Malco Braga Camargos, doutor em Ciência Política e professor da PUC-MG (Pontifícia Universidade Católica de MG).

Ministros, governadores, prefeitos e secretários deixam cargos para eleição
Leia mais“A desistência dele da postulação em ser um dos pré-candidatos do PSDB à sucessão presidencial foi claramente uma saída de quem não estava satisfeito com o rumo das decisões. Ele, aparentemente, não contou com apoio do partido”, resume Francisco Fonseca, cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, para quem Aécio já é o nome da oposição para 2014, em caso de um revés de Serra na eleição deste ano.

“Ele tem um papel crucial dentro do seu partido e no jogo político como um todo. Mas uma derrota do José Serra o fortalece, porque ele seria naturalmente o próximo candidato da oposição daqui a quatro anos. Com uma vitória de Serra, ele posterga esse cenário para talvez oito anos, se contarmos com uma possível reeleição, o que é muito tempo em política. Então, é algo paradoxal”, diz Fonseca.

Em sua análise, a cientista política Helcimara Telles, professora da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), afirma que o Estado terá peso relevante na eleição de 2010.

Para ela, a ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT, conseguirá “construir uma muralha” no Nordeste, região na qual o presidente Lula tem alta popularidade. Já Serra conseguiu fincar posições em São Paulo e no Sul do país, afirma.

“Quem tende a desequilibrar esse jogo a favor de algum deles é justamente o eleitorado de Minas Gerais. Mas não sei se o Aécio Neves vai comprar a camisa de Serra, já que foi derrotado internamente por ele no partido. Não acredito que em Minas tenhamos um eleitor com identidade com o PSDB de Serra. Temos eleitores que gostariam que o Estado voltasse ao centro do poder. Eu acho pouco provável que o eleitor ‘aecista’ venha a apoiar José Serra, que foi responsável pela derrota da candidatura de Aécio Neves”, avalia.

Gestão
A gestão de Aécio Neves frente ao governo estadual fica marcada pela retomada do crescimento econômico mineiro, a modernização administrativa e a recuperação da importância política do Estado no tabuleiro nacional. Já o pouco investimento na área social foi um ponto negativo, avalia Malco Carmargos.

“Ele introduziu uma nova forma de governar o Estado que agradou muito ao eleitorado mineiro. Aécio Neves trouxe uma modernidade administrativa, mas isso não quer dizer que o governo dele tenha sido excelente. Ele não lidou bem com as mazelas sociais do Estado, principalmente nas áreas da saúde e educação”, diz.

O cientista político cita, porém, que Aécio reabilitou o papel político de Minas no cenário nacional ao tentar se cacifar como candidato tucano à sucessão de Lula.

De acordo com Francisco Fonseca, uma das marcas da gestão do governador foi a reforma administrativa. Com isso, ele conseguiu chamar a atenção nacional para si e para Minas.

“A disputa que ele travou com Serra só pôde ser feita porque de fato os quase oito anos que esteve à frente do governo tiveram o sentido de não apenas cumprir um plano de governo, mas tentar fazer de Minas Gerais uma vitrine. Isso o qualificou a tentar um salto maior”, afirma Fonseca.

terça-feira, 30 de março de 2010

MAIS CONEXOES SERRA/ARRUDA

Mais conexões Serra-Arruda
Já há algumas semanas venho alertando que duas investigações em andamento – a Operação Castelo de Areia e o caso José Roberto Arruda – estão batendo direto no sistema de financiamento de campanha do governador José Serra. É o dado novo ainda não devidamente avaliado pelos especialistas em eleições.
Não é nada trivial. Não se trata de denúncias de oposição, de suspeitas, mas de investigações policiais calcada em provas, depoimentos de testemunhas, documentos.
Esta semana, matéria da CartaCapital aponta um novo operador de José Roberto Arruda, diretamente ligado ao governador José Serra. Antes de Arruda, o operador atuou diretamente na montagem do sistema de terceirização da saúde em São Paulo. Há tempos pessoas do setor tinham me dito que o modelo era a reedição dos esquemas pesados do PAS, da gestão Paulo Maluf.
Destaque para os seguintes pontos da matéria da revista:
1. Ailton de Lima Ribeiro, homem de confiança de Serra, foi um dos responsáveis pela implantação do modelo de terceirização da saúde em São Paulo.
2. Na semana passada, o prefeito Kassab anulou um contrato milionário, sem licitação, entre a Secretaria da Saúde do município. Um dos sócios da empresa sob suspeita é o próprio Aílton.
3. Desde março de 2009, Ailton trabalha com Arruda no Distrito Federal. Segundo oposicionistas de São Paulo, Ailton teria sido o principal responsável pela contratação, em São Paulo, das mesmas empresas de informática que integram o esquema de Arruda, em Brasilia.
4. Como se recorda, ontem a revista Época trouxe informações de que a Operação Castelos de Areia flagrou um dos principais operadores do PSDB, ligado diretamente a Andrea Matarazzo, quando este presidiu a CESP. Detalhe: hoje, o operador preside o DER, responsável pelas obras do Rodoanel.
Da CartaCapital
E que modelo de gestão…
O administrador de empresas Ailton de Lima Ribeiro é um gestor na área de saúde pública. Filiado ao PSDB, trabalhou ao lado do governador José Serra no Ministério da Saúde e na prefeitura de São Paulo. Prestou serviços também na gestão de Gilberto Kassab (DEM). Desde março de 2009, tornou-se um dos colaboradores de José Roberto Arruda, o democrata do Distrito Federal envolvido no escândalo de pagamento de propina a políticos.
Ao desenrolar o novelo do Arrudagate, o fio das investigações aponta para um esquema formado por uma rede de empresas beneficiadas por contratos milionários no DF e em São Paulo. Na quarta-feira 16, o deputado Simão Pedro (PT) começou a recolher assinaturas na Assembleia Legislativa de São Paulo para pedir uma CPI, a fim de investigar as relações entre o escândalo do DF e as contratações de empresas do mesmo esquema em São Paulo. Um dos responsáveis por parte das contratações na prefeitura de São Paulo, segundo políticos oposicionistas, seria Ribeiro. Seu nome passou a ser citado em denúncias nas últimas semanas. O administrador tucano negou todas as acusações a CartaCapital.
Considerado um homem de confiança de Serra, o administrador foi afastado do Ministério da Saúde durante as investigações da Máfia do Sangue. No ministério, ocupou os cargos de subsecretário de Assuntos Administrativos, entre 1997 e 2003, e de gerente de Gestão Administrativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 2003 a 2004. “Não fui investigado nem citado. Quarenta e duas pessoas foram indiciadas e não estou nessa lista. Fui, sim, demitido naquela época por questões políticas, porque tinha sido ligado ao Serra”, afirma. Ribeiro foi convocado ainda para dar explicações na Câmara Municipal de São Paulo sobre a contratação, pela prefeitura, de empresas envolvidas na Operação Parasitas, da Polícia Civil, em outubro de 2008. A operação foi realizada para desmantelar um grupo de empresas que fraudava e superfaturava contratos na área de saúde. “Tive de dar esclarecimentos por ser o secretário-adjunto de Saúde da prefeitura de São Paulo na época. É uma praxe o adjunto assinar os contratos. Mas eu não participei de todo o processo dos contratos”, explica.
O tucano especializou-se na terceirização de serviços de órgãos públicos na prefeitura paulistana. O Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM) apontou irregularidades em convênios assinados por ele na administração. No Ministério da Saúde, Ribeiro é apontado como um dos responsáveis, segundo o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), pela “participação de empresas em licitações para aquisição de hemoderivados com o mesmo representante legal”. Essa prática configura-se “um desrespeito à regra editalícia e ao princípio da moralidade”, de acordo com o tribunal.
Na segunda-feira 14, veio à tona uma nova denúncia. O prefeito Kassab decidiu suspender um contrato milionário, sem licitação, feito pela Secretaria Municipal de Saúde com o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas). Valor de 15,8 milhões de reais. A prefeitura já havia pago, antecipadamente, 2 milhões de reais. Surpresa: Ribeiro faz parte da diretoria do próprio Iabas. Seu nome consta do site da organização como diretor de gestão em saúde pública. De acordo com o contrato, o Iabas iria assumir a administração das quatro primeiras unidades da AMA Sorriso (Assistência Médica Ambulatorial, da prefeitura), para atendimento odontológico à população. “Não sei por que suspenderam o contrato. Ele foi feito agora e não tenho mais ligação alguma com a prefeitura. Não há nada que me proíba de fazer parte hoje de uma instituição. Acabaram prejudicando a entidade idônea e a população”, rebate o ex-secretário.
Em Brasília, o onipresente Ribeiro é superintendente-executivo do Hospital Regional de Santa Maria. A administração Arruda firmou um contrato, no valor de 222 milhões de reais, com a entidade Organização Real Sociedade Espanhola para assumir a gestão do hospital. O Ministério Público do DF contestou essa parceria.
Há suspeitas do envolvimento da entidade no pagamento de propinas. Numa lista apreendida com o tucano Márcio Machado, secretário de obras do DF, está escrito à mão “Real 50.000”, o valor de uma suposta doação irregular à campanha de Arruda a governador, em 2006. Ribeiro nega qualquer relação e diz que o contrato com a organização foi firmado somente neste ano. A Real Espanhola é investigada também pelos Ministérios Públicos estadual e federal da Bahia por fraude e desvio de verbas.
Em março de 2009, Ribeiro foi intimado pelo TCM para se manifestar sobre irregularidades apontadas em 14 contratos firmados com organizações para a gestão de hospitais e ambulatórios, quando ele era secretário-adjunto de Saúde na capital paulista. “O tribunal, às vezes, questiona coisas que não têm nada a ver”, contesta o administrador. Uma das parcerias foi feita com a empresa Halex Istar Indústria Farmacêutica Ltda., uma das cinco envolvidas na Máfia dos Parasitas. Em uma parceria da Secretaria de Saúde com o Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo (Seconci), por exemplo, o TCM questionou a qualificação da entidade, o não preenchimento de requisitos necessários ao desenvolvimento da atividade pretendida, a não comprovação de experiência técnica e a ausência de plano de trabalho “com vinculação explícita com as ações estratégicas e as metas”. As análises dos 14 contratos foram feitas por amostragem.
Um inquérito civil foi aberto no Ministério Público de São Paulo para apurar um contrato assinado por Ribeiro, no valor de 108 milhões de reais, com a AMP Serviços de Diagnóstico Ltda., conhecida pelo nome fantasia Amplus. Essa empresa foi contratada pela prefeitura paulistana para oferecer serviços de diagnóstico por imagem, por um período de três anos. O TCM também julgou irregulares o pregão, o contrato e o seu aditamento e pediu a suspensão. A secretaria levou oito meses para cumprir a ordem e levou o contrato até o final.
As relações entre as empresas lembram uma confraria. Uma das sócias da Amplus, Virginia Wady Debes Pacheco, é sócia da Uni Repro Serviços Tecnológicos, que encabeça o esquema de propinas no Distrito Federal. A Uni Repro firmou contratos com o governo de São Paulo no valor de 38 milhões de reais e com a prefeitura paulistana, na gestão Kassab, no total de 48,1 milhões de reais. Carlos Alberto Pacheco, ex-marido de Virginia e outro sócio da Uni Repro, é ligado a Renato Pereira Junior, da empresa Home Care Medical, envolvida na Operação Parasitas